quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Leisure Time Physical Activity and Mortality A Detailed Pooled Analysis of the Dose-Response Relationship

Hannah Arem, Steven C. Moore, Alpa Patel, Patricia Hartge, Amy Berrington de Gonzalez, Kala Visvanathan, Peter T. Campbell, Michal Freedman, Elisabete Weiderpass, Hans Olov Adami, Martha S. Linet, I.-Min Lee, Charles E. Matthews.

JAMA Intern Med. 2015;175(6):959-967.

            O estudo discutido buscou avaliar a relação entre atividade física de lazer e mortalidade, objetivando quantificar o limite superior de benefício e riscos de mortalidade associados a níveis intensos de exercício, uma vez que os níveis máximos de exercício associados a benefício ou malefício em relação a sobrevida não estão bem definidos. Foi realizada análise de 6 estudos de coorte, com mais de 5 anos de duração, com mais de 1.000 mortes em brancos não hispânicos e que continham dados de status de atividade física, altura, peso e tabagismo dos pacientes. O tempo semanal gasto com atividade física era avaliado por diferentes questionários (não uniformes entre os estudos). Foi realizada análise multivariada para uma relação de dose-resposta em relação à intensidade/quantidade de exercícios, avaliados em METs-h/semana, estratificados em 7 grupos. Foram incluídos dados de 661.137 participantes (291.485 homens e 369.652 mulheres), com seguimento médio de 14,2 anos. Foram registradas 116.686 mortes. A idade média de entrada no estudo foi de 62 anos e o índice de MET h/semana médio dos pacientes foi de 8. Indivíduos com mais atividade física tenderam a serem mais jovens, não fumantes, menor IMC, casados e com menos comorbidades.
            Qualquer nível de atividade foi associado a menor mortalidade. Em pacientes realizando menos que o mínimo recomendado (0,1 a < 7,5 METs h/sem), foi observado um risco 20% menor em relação a mortalidade (HR 0,80; IC95% 0,78-0,82). A associação se tornou máxima entre aqueles realizando 3-10 vezes o mínimo recomendado de atividade física (22,5 a < 40 METs h/sem: HR 0,61; IC95% 0,59-0,62). Naqueles que realizavam mais de 10 vezes o recomendado, ainda houve menos risco de morte, porém não tão intenso (≥ 75 METs h/sem: HR 0,69; IC95% 0,59-0,78). Durante o clube de revista foram discutidos os seguintes pontos:
·         Os benefícios encontrados em relação à atividade física estão de acordo com o recomendado pelas diretrizes;
·         O benefício máximo em relação à longevidade parece ser 3-5 vezes o mínimo de atividade física recomendado;
·         Não parece haver maior mortalidade em grupos que realizam mais de 10 vezes o mínimo recomendado, em contraposição a outros estudos realizados com populações distintas em que parecia haver aumento do risco;
·         Pode haver erros no auto relato de atividade física (retrospectivo de 1 ano).

Pílula do Clube: Realizar atividade física moderada ou vigorosa atingindo no mínimo 3-5 vezes o mínimo recomendado parece estar associado com maior benefício em longevidade, sendo que não parece haver risco excessivo para quem realiza mais do que 10 vezes o mínimo recomendado.


Discutido no Clube de Revista de 07/12/2015.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Semaglutide and Cardiovascular Outcomes in Obesity without Diabetes

  A. Michael Lincoff, Kirstine Brown‐Frandsen, Helen M. Colhoun, John Deanfield, Scott S. Emerson, Sille Esbjerg, Søren Hardt‐Lindberg, G. K...