α-Glucosidase Inhibitors for Patients With Type 2 Diabetes
Floris
A. van de Laar, Peter L. Lucassen, Reinier P. Akkermans, Eloy H. van de
Lisdonk, Guy E. Rutten, Chris van Weel,
Diabetes Care 2005, 28:154-163
Nesta revisão sistemática com
metanálise, investigou-se a eficácia de inibidores da alfa-glicosidase em pacientes
com diabete melito do tipo 2 (DM2). Para isso, foram selecionados ECRs controlados
que comparassem o uso de inibidores da alfa-glicosidase com placebo ou
controlador ativo em pacientes com DM2. Foram identificados 1.491 estudos após
buscas em diversas bases de dados (PubMed, EMBASE, Cochrane, LILACS) e
incluídos 41 estudos com total de 7.439 pacientes com idade média entre 49 e 70
anos. Os desfechos avaliados foram: (a) mortalidade e morbidade; (b) controle
glicêmico e da dislipidemia; (c) efeitos adversos. Para o desfecho de mortalidade
3 estudos possuíam dados, sendo identificado um RR de 1,00 (0,81-1,23). Em
relação ao controle metabólico, o uso dos inibidores da alfa-glucosidade se associou
com HbA1c 0,77% menor (IC95% -0,9% – -0,64%), sem diferenças nos lipídios e
insulinemia. Além disso, o uso destes medicamentos se associou a maior
incidência de efeitos adversos de qualquer tipo (RR 3,36, IC95% 2,6 – 4,36). Durante
a discussão do Clube de Revista os seguintes pontos foram levantados:
- A revisão
sistemática foi realizada de maneira abrangente e mesmo pequenos estudos
foram incluídos;
- Os estudos, em
sua grande maioria, eram pequenos, com tempo de seguimento curto e de
baixa qualidade metodológica;
- Destaca-se
dentre as análises de sensibilidade que o efeito no controle glicêmico não
é melhor em doses mais elevadas, mas há mais efeitos adversos com essas
doses;
- O benefício no
controle glicêmico é de pequena monta, mas de magnitude semelhante ao
obtido com as demais drogas disponíveis como segunda ou terceira opção.
Pílula do Clube: os inibidores da alfa-glicosidase (acarbose principalmente) são
uma opção no tratamento do DM2. Seu uso é limitado pela eficácia moderada e
alta incidência de efeitos adversos e não parece haver benefício em redução de eventos
cardiovasculares.
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