The effects of intermittent or
continuous energy restriction on
weight loss and metabolic disease
risk markers: a randomised
trial in young overweight women
Michelle
N. Harvie, Mary Pegington, Mark P. Mattson, Jan Frystyk, Bernice Dillon, Gareth Evans,
Jack Cuzick, Susan A Jebb, Bronwen Martin, Roy G. Cutler,
Tae G. Son, Stuart, Maudsley, Olga D. Carlson, Josephine M. Egan, Allan Flyvbjerg, and Anthony Howell.
Int J Obes (Lond). 2011 May ; 35(5): 714–727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3017674/pdf/nihms224118.pdf
Esse ensaio clínico randomizado, aberto e controlado,
teve como objetivo comparar a viabilidade e efetividade da restrição alimentar
intermitente com a restrição alimentar contínua no ganho de peso, sensibilidade
insulínica e marcadores de risco metabólicos em mulheres de 30-50 anos com IMC
24-40 kg/m2. Para tanto, foram randomizados 107 pacientes (53 no
grupo que recebia restrição calórica de 75% duas vezes por semana com
alimentação usual para manutenção do peso nos demais dias e 54 participantes no
grupo que recebia restrição calórica de 25% da alimentação habitual para
manutenção do peso diariamente). As mulheres randomizadas eram provenientes da
comunidade ou de um centro de familiares de pessoas com câncer (54% dos
participantes). Os critérios de inclusão foram: ganho de peso desde os 20 anos
excedendo 10 kg, sem perda de peso e sem restrição alimentar, não fumantes,
ciclos menstruais regulares e sem sinais de hiperandrogenismo ou SOP, sem uso
de anticoncepcionais nos últimos 6 meses ou fitoterápicos, sem uso abusivo de
álcool (>28 U/sem), sem DM, DCV, câncer ou doença psiquiátrica maior. O
desfecho primário foi a variação de peso e resistência insulínica entre os
grupos após 6 meses de estudo. A avaliação dos pacientes era realizada nos
tempos 0, 1, 3 e 6 meses. Os pacientes não recebiam orientação quanto à prática
de atividade física. O grupo que recebeu a restrição calórica intermitente (492
– 541 kcal/ dia) apresentou a mesma variação de peso (- 6,4 Kg vs. - 5,6 Kg, P 0,41),
uma tendência a redução dos níveis de insulina (2,1 vs. 1,1 mcU/ml, P 0,04)
comparado ao grupo que recebeu restrição calórica contínua (1500 kcal/dia em
média), respectivamente. Não houve diferença entre os marcadores de risco
biológicos entre os grupos (lipídeos, pressão arterial, avaliação hormonal,
entre outros). O grupo submetido à restrição calórica intermitente apresentou
mais efeitos adversos relacionados à dieta como fadiga, cefaleia e fome. Não
houve, no entanto, efeitos adversos graves entre os grupos. Após o término do
estudo, 85% dos participantes do grupo de restrição diária e 58% do grupo de
restrição intermitente planejavam continuar com a dieta que vinham realizando. Durante o clube, os seguintes pontos foram
discutidos:
- Não foi calculado o tamanho da amostra para ambos os desfechos primários;
- Foram incluídos pacientes com ampla diferença entre os níveis de IMC em um estudo relativamente pequeno.
Pílula do Clube:
A restrição calórica intermitente (duas vezes por semana) parece ser uma
alternativa à restrição calórica contínua de acordo com os resultados desse
estudo.
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