The long-term outcome of
pituitary irradiation after unsuccessful transsphenoidal surgery in Cushing’s
disease
Javier
Estrada, Mauro Boronat, Mercedes Mielgo, Rosa Magallón, Isabel Millán, Santiágo
Díez, Tomás Lucas and Balbino Barceló
N
Engl J Med 1997;336:172-7.
Neste estudo foi avaliado o uso da radioterapia em
pacientes com Doença de Cushing persistente após cirurgia transesfenoidal. Para
isso, os autores analisaram os dados de uma coorte de 30 pacientes com Doença
de Cushing, que após a primeira cirurgia, receberam tratamento com radioterapia
externa. A dose total de radioterapia foi de 48 a 54 Gy (1,8-2 Gy por dia, 5
dias por semana). Todos os pacientes receberam cetoconazol até a radioterapia
corrigir o hipercortisolismo e eram avaliados semestralmente. A taxa de
resposta à radioterapia foi de 83% (25/30 pacientes), com mediana de tempo para
normalização da cortisolúria de 18 meses, sendo que 22 pacientes apresentaram
remissão em 2 anos. Após a resposta ao tratamento, nenhum paciente apresentou
recorrência da doença. Em relação aos efeitos adversos, 17 pacientes (57%) apresentaram
deficiências hormonais hipofisárias. Durante o Clube de Revista, os seguintes
aspectos foram discutidos:
- O estudo é uma coorte, sem grupo controle, o que limita a aplicação dos seus achados no tratamento dos pacientes com Doença de Cushing;
- Não foi realizada avaliação/descrição de efeitos da radioterapia em longo prazo;
Pílula
do Clube: a radioterapia pode ser uma alternativa no
tratamento dos pacientes com Doença de Cushing persistente após cirurgia, porém
para o seu uso ser efetivamente incorporado na prática clínica, um estudo com
grupo controle e preferencialmente randomizado deve ser realizado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário