sexta-feira, 7 de abril de 2023

Association of a Mediterranean Diet Pattern With Adverse Pregnancy Outcomes Among US Women

 Nour Makarem, Kristi Chau, Eliza C Miller, Cynthia Gyamfi-Bannerman, Isabella Tous, Whitney Booker, Janet M Catov, David M Haas, William A Grobman, Lisa D Levine, Rebecca McNeil, C Noel Bairey Merz, Uma Reddy, Ronald J Wapner, Melissa S Wong, Natalie A Bello


JAMA Netw Open 2022, 5(12):e2248165.

https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2799855


Desfechos gestacionais desfavoráveis estão associados à morbidade e mortalidade materna. Adesão à dieta Mediterrânea tem sido associada a menor risco de doenças crônicas e mortalidade. O objetivo desse estudo foi avaliar a associação do escore de Dieta Mediterrânea Alternativa (aMed) com o desenvolvimento de desfechos gestacionais desfavoráveis (APOs). Trata-se de coorte multicêntrica, que avaliou dados de outubro de 2010 a setembro de 2013. Na primeira avaliação era realizada a coleta de dados sociodemográficos, estilo de vida e informações médicas. Os critérios de exclusão eram dados incompletos da dieta, ingestão calórica implausível, hipertensão ou diabetes. Foi utilizado um questionário de alimentação e frequência na primeira visita do estudo e utilizado o “aMed Score” que adapta a dieta Mediterrânea para a população dos EUA. O aMed score vai de 0 a 9 e quanto maior o escore, mais aproximado da dieta mediterrânea.

O desfecho primário foi qualquer evento desfavorável gestacional [(hipertensão, pré-eclampsia, eclâmpsia, diabetes gestacional, parto pré-termo (< 37 semanas), PIG e prematuro]. As características sociodemográficas e clínicas foram descritas como  média (DP) para variáveis contínuas e frequências para categóricas. Utilizou-se os testes de χ2 e análises com testes de variância. Foram realizados ajustes para potenciais confundidores (idade materna, status civil, nível educacional, raça e etnia, tabagismo, IMC). Os 7.798 pacientes tinham 27,4 ± 5,5 anos; 816 (10,5%) eram negras não hispânicas, 1.294  (16,6%) eram hispânicas e 1.522 (19,5%) tinham obesidade no baseline.  O escore aMed foi de 4,3 ± 2,1 e a prevalência de alto, moderado e baixo para concordância com o padrão de dieta mediterrânea no momento da concepção foi 30,6% (n=2.388), 32,2% (n=2.430) e 38,2% (n=2.980) respectivamente. Em análises multivariadas, um alto versus baixo escore aMed se associou com 21% menos  desfechos gestacionais desfavoráveis (OR ajustado, 0,79 [IC95% 0,68 – 0,92], 28% menos pré-eclâmpsia ou eclâmpsia (OR ajustado de 0,72 [IC95% 0,55 – 0,93] e 37% menos diabetes gestacional (OR ajustado, 0,63 [IC95% 044 – 0,90]). No Clube de Revista foram discutidos os seguintes pontos:

  • Como trata-se de um estudo observacional, não é possível avaliar causalidade entre o tipo de dieta consumida e os desfechos materno-fetais;

  • Não se pode excluir fatores confundidores, especialmente os relacionados à condição socioeconômica.


Pilula do Clube: Uma maior aderência ao padrão de dieta mediterrânea pode estar associada a menor risco de desfechos gestacionais, no entanto, são necessários estudos de intervenção para definir esta possível associação. 


Discutido no Clube de Revista de 30/01/2023.

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