quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Comentário do Clube de Revista de 08/11/2011

Randomized Trial of Intensive Bisphosphonate Treatment Versus Symptomatic Management in Paget’s Disease of Bone
Anne L. Langston, Marion K. Campbell, William D. Fraser, Graeme S. MacLennan, Peter L. Selby and Stuart H. Ralston for the PRISM Trial Group

Journal of Bone and Mineral Research 2010, 25:20–31.

            Neste ECR pragmático, os autores testaram duas estratégias de tratamento para Doença de Paget: uma objetivando a normalização da fosfatase alcalina e outra tratando os pacientes objetivando alívio dos sintomas (dor óssea). Para isso foram randomizados 1331 pacientes com diagnóstico de Doença de Paget, de 39 centros da Inglaterra, acompanhados por aproximadamente 3 anos. O desfecho primário foi a incidência de fraturas clínicas, e os desfechos secundários dor óssea, dor corporal, qualidade de vida, progressão de perda auditiva, procedimentos cirúrgicos ortopédicos e níveis séricos de fosfatase alcalina. Em relação ao desfecho primário, não houve diferença na incidência de fraturas entre os dois grupos: 46/661 (7,0%) no grupo de tratamento intensivo e 49/663 (8,3%) no grupo de tratamento sintomático. Não houve diferenças nos desfechos secundários avaliados entre os dois grupos, bem como em relação aos eventos adversos. Durante a discussão no Clube de Revista da última terça-feira, os seguintes pontos foram abordados:
  • O ECR não era cegado em nenhum dos seus níveis;
  • Em geral, foram incluídos pacientes com Doença de Paget grave. Entretanto, pode ter havido inclusão de alguns pacientes que não apresentavam critérios para tratamento;
  • Não é informado se houve tempo de wash-out após uso de bisfosfonados previamente à inclusão no estudo;
  • Não há informações detalhadas sobre a aplicação dos protocolos de tratamento, não permitindo que informações importantes como em que momento da doença e com que intensidade os pacientes dos dois grupos foram tratados.

Pílula do Clube: nos pacientes com Doença de Paget, o tratamento objetivando o alívio dos sintomas ou com o objetivo de normalização da fosfatase alcalina não apresenta diferenças significativas em desfechos clínicos. 

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