Soy Isoflavones in the Prevention of Menopausal Bone Loss and Menopausal Symptoms
A Randomized, Double-blind Trial
Silvina Levis, Nancy Strickman-Stein, Parvin Ganjei-Azar, Ping Xu, Daniel R. Doerge, Jeffrey Krischer.
Arch Intern Med, 2011; 171(15):1363-1369.
O efeito das isoflavonas sobre a densidade mineral óssea foi o objeto deste ECR. Para isso os autores randomizaram 248 mulheres com idade de 45 a 60 anos, menopausa há pelo menos 5 anos e densitometria com escore T em coluna maior ou igual a -2,0, para receber isoflavona 200 mg por dia ou placebo. O desfecho primário foi definido como mudança na densidade mineral óssea após dois anos de seguimento. Em relação a este desfecho, não houve diferença entre os dois grupos na coluna (−2,0% vs. −2,3%), em fêmur total (−1,2% vs. −1,4%), ou colo femoral (−2,2% vs. −2,1%). Em relação aos sintomas de menopausa (desfecho secundário), houve piora destes no grupo recebendo isoflavona. Durante a discussão de terça-feira, as seguintes observações foram feitas:
- As perdas nos dois grupos foram importantes, chegando a 19% no grupo isoflavona e 34% no grupo placebo. Estas perdas não foram descritas e limitam muito a interpretação dos resultados do estudo;
- Cerca de 50% dos pacientes apresentavam deficiência de vitamina D e não há descrição se a mesma foi tratada durante o estudo;
- A alta taxa de abandono do estudo pode estar relacionada à ausência de eficácia do tratamento, permanecendo no estudo somente aqueles pacientes com alguma resposta ao tratamento.
Pílula do Clube: O uso de isoflavonas em mulheres pós-menopáusicas não aumenta a massa óssea e não alivia os fogachos. Essa conclusão tem limitações, devido aos problemas metodológicos acima descritos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário