sábado, 11 de dezembro de 2010

Comentário do Clube de Revista de 07/12/2010

Denosumab for Prevention of Fractures
 in Postmenopausal Women with Osteoporosis
Steven R. Cummings, Javier San Marti, Michael R. McClun, Ethel S. Siris, Richard Eastell, Ian R. Reid, Pierre Delmas, Holly B. Zoog, Matt Austin, Andrea Wang, Stepan Kutilek, Silvano Adami, Jose Zanchetta, Cesar Libanati, Suresh Siddhant, and Claus Christiansen, for the FREEDOM Trial

N Engl J Med 2009; 361:756-65

            Este ECR abordou o uso do denosumab (um anticorpo monoclonal humano contra o RANK ligante) no tratamento de mulheres com osteoporose pós-menopausa. Foram incluídas 7868 mulheres com idade entre 60-90 anos (média 72 anos) e densitometria óssea com escore T em coluna lombar ou fêmur <-2,5 (média de -2,8 na coluna, sendo 25% com fratura prévia), e randomizadas para uso de placebo ou denosumab 60 mg de 6/6 meses por 3 anos. O desfecho primário foi definido como fratura vertebral diagnosticada em radiografia utilizando os critérios de Genant. Fraturas não-vertebrais e de fêmur foram estudadas como desfecho secundário. O desfecho primário foi menor no grupo tratamento (2,3%) quando comparado como o grupo placebo (7,2%); redução absoluta de risco (RAR) de 4,9%; P < 0,001. Em relação à fratura de quadril, o grupo tratamento teve uma incidência de 0,7% contra 1,2% do grupo placebo (RAR 0,5; NNT 200 em 3 anos; p = 0,04) e de fraturas não-vertebrais (RAR 1,5; NNT 66 em 3 anos; p = 0,01).
Durante a discussão no Clube, as seguintes limitações foram levantadas:
·         Não apresentação do fluxograma de entrada e saída dos pacientes do estudo e não descrição dos pacientes perdidos (conforme recomenda o CONSORT)
·         Uso de placebo como comparador em pacientes com indicação de tratamento (população de muito alto risco para fraturas)
·         Desfecho primário radiológico (com significância clínica discutível)
·         RAR pequena para desfechos clínicos

Pílula do Clube: Pacientes de muito alto risco para fraturas devem receber tratamento. Entretanto, este ECR não esclarece qual o benefício do denosumab (uma droga nova, sem perfil de segurança de longo prazo conhecido) sobre as alternativas já disponíveis.

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