Incidence of
diabetic retinopathy in people with type 2 diabetes mellitus attending the
Diabetic Retinopathy Screening Service for Wales: retrospective analysis
R L Thomas, F Dunstan, S D Luzio, S Roy Chowdury, S L
Hale, R V North, R L Gibbins, D R Owens
BMJ 2012; 344:e874
Nesta
análise retrospectiva foi avaliada a segurança de rastreamento menos frequente
de retinopatia diabética em pacientes com DM tipo 2. Foram analisados dados de
57.199 pacientes com DM do tipo 2 sem retinopatia na avaliação basal em
acompanhamento no programa nacional de rastreamento de retinopatia diabética do
país de Gales ao longo de 4 anos; foram excluídos pacientes com DM tipo 1, diagnóstico
de DM com idade menor que 30 anos e DM de tipo indeterminado no encaminhamento.
O desfecho de interesse foi a incidência anual de retinopatia avaliada por
fotografias digitais, em especial retinopatia com necessidade de
referenciamento (maculopatia, retinopatia pré-proliferativa e retinopatia
proliferativa). Dentre os pacientes inicialmente avaliados, 13% não tiveram
informações no seguimento (perda de seguimento ou morte). A incidência
cumulativa de retinopatia referenciável foi de 0,2%, 0,48%, 0,81% e 1,2% no
primeiro, segundo, terceiro e quarto anos, respectivamente; já a incidência
cumulativa de qualquer retinopatia foi de 12,4%, 21,6%, 29,4% e 30% no
primeiro, segundo, terceiro e quarto anos, respectivamente. Essas taxas foram
marcadamente maiores em pacientes que usavam insulina, com uma incidência
cumulativa de retinopatia referenciável em 4 anos de 2,8%. Maior tempo de DM,
maior idade no diagnóstico de DM (> 70 anos), tratamento
farmacológico (drogas orais ou insulina) estiveram associados com maior risco
de desenvolvimento de retinopatia. Durante o Clube de Revista, os seguintes
pontos foram discutidos:
- Os pacientes incluídos parecem pertencer
a um grupo de menor risco de complicações (curta duração de doença);
- A taxa de perdas de 13% não parece ter
comprometido o resultado do estudo;
- Os dados só podem ser generalizados para
pacientes com acompanhamento regular e com curta duração do DM.
Pílula
do Clube: em pacientes com DM tipo 2 de curta duração
com ausência de retinopatia em avaliação inicial parece ser seguro realizar a
reavaliação com um intervalo de tempo maior que 12 meses. Pacientes de maior
risco (usuários de insulina, DM há mais de 10 anos e idade ao diagnóstico acima
dos 70 anos) devem seguir as recomendações vigentes de rastreamento anual.
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