segunda-feira, 5 de março de 2012

Comentário do Clube de Revista de 13/12/2011

Comparison of Daily, Weekly, and Monthly Vitamin D3 in Ethanol Dosing Protocols for Two Months in Elderly Hip Fracture Patients
Sophia Ish-Shalom, Elena Segal, Tina Salganik, Batia Raz, Irvin L. Bromberg, and Reinhold Vieth

J Clin Endocrinol Metab 2008, 93: 3430–3435.

Neste ECR, os autores objetivaram comparar três esquemas diferentes de administração de vitamina D para mulheres que foram submetidas a cirurgia por fratura de quadril. Para isso, 48 mulheres, 81 ± 8 anos, foram randomizadas para três protocolos de administração: 1.500 UI VO diariamente, 10.5000 UI VO semanalmente ou 45.000 UI VO mensalmente. O desfecho primário escolhido pelos autores foi a concentração de 25-OH-vitamina D. Os três grupos de estudo apresentavam concentrações médias de vitamina D semelhantes no basal (15,13 vs. 15,7 vs. 16,2 ng/ml) e com a reposição todos apresentaram aumento destes níveis já a partir da primeira semana de tratamento. Os níveis de vitamina D foram semelhantes entre os grupos também após 2 meses de reposição (33,2 vs. 29,2 vs. 37,1 ng/ml). Durante a discussão do Clube de Revista, os seguintes aspectos foram discutidos:
  • Não houve descrição de critérios de inclusão, exclusão e como as pacientes foram selecionadas;
  • O método de randomização não foi adequamente descrito, havendo diferenças importantes entre os grupos no basal, sugerindo viés de randomização;
  • O desfecho primário escolhido pelos autores foi o nível de vitamina D, o que limita o estudo. O desfecho ideal para estudos que testam terapias para osteoporose é a ocorrência de fraturas;
  • As pacientes que receberam doses mensais de vitamina D apresentaram maior número de outliers no gráfico, sugerindo que este tipo de administração induza níveis séricos mais erráticos;
  • Não houve descrição de desfechos adversos.


Pílula do Clube: As limitações deste estudo não permitem afirmar se estes três esquemas de suplementação de vitamina D (diário, semanal ou mensal) apresentam equivalência em eficácia clínica (taxas de fraturas) e segurança (efeitos adversos), podendo somente ser afirmado que os três esquemas determinam níveis semelhantes de vitamina D sérica. 

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